quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Você tem tempo para Cristo?

 

VOCÊ TEM TEMPO PARA CRISTO?

Outro dia, sentado em uma praça, observei um homem correndo apressado. Na mão esquerda, um celular; na direita, uma pasta de documentos. Ele falava alto, gesticulava, olhava o relógio a cada minuto. De repente, quase tropeçou em uma criança que brincava com uma bola. Ele não parou. Nem pediu desculpas. Apenas seguiu adiante, como se o tempo fosse um inimigo cruel a ser vencido.

Olhei em volta e percebi que quase todos ali viviam no mesmo compasso acelerado. Pessoas apressadas, olhares fixos em telas, passos firmes, agendas lotadas. Cada minuto cronometrado. Curiosamente, ninguém parecia ter tempo de simplesmente… parar.

Então me veio a pergunta: será que temos tempo para Cristo?

A vida moderna nos ensinou a fazer mil coisas ao mesmo tempo. Respondemos mensagens, trabalhamos além da conta, nos preocupamos com contas, compromissos, metas. Mas quando se trata de separar um momento para oração, leitura da Palavra ou simplesmente silenciar o coração diante de Deus… quantas vezes dizemos: “hoje não deu”, “mais tarde eu faço”, “amanhã eu começo”?

E assim, Cristo, que nos oferece descanso, acaba recebendo apenas as sobras do nosso relógio.

Não se trata de falta de tempo — afinal, todos temos as mesmas 24 horas. Trata-se de prioridade. A verdade é que sempre arrumamos tempo para aquilo que consideramos importante. Se a saúde dá sinal de alerta, logo buscamos médico. Se surge uma oportunidade de lazer, encaixamos na agenda. Se um amigo nos chama para um café, de alguma forma damos um jeito. Mas e Cristo?

A ironia é que Ele nunca está com pressa. Ele nos espera pacientemente, dia após dia. Mas também nos lembra: “Buscai primeiro o Reino de Deus...” (Mt 6.33). O problema é que, se deixarmos sempre para depois, corremos o risco de viver uma vida inteira sem nunca ter realmente parado aos pés do Mestre.

Talvez a grande questão não seja se temos tempo para Cristo, mas se Cristo tem tido espaço no nosso tempo. A eternidade se aproxima a cada segundo, enquanto nós corremos atrás de compromissos passageiros.

E se hoje fosse o último dia no calendário da sua vida, poderia dizer que viveu com Cristo ou apenas correu sem Ele?

O texto termina aqui, mas a pergunta continua ecoando: Você tem tempo para Cristo?

Autor anônimo

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terça-feira, 23 de setembro de 2025

Não pare de correr

 

NÃO PARE DE CORRER

Naquela manhã, os dois estavam alinhados na pista. Um chamava atenção por sua postura firme, músculos bem definidos e olhar confiante. Todos o admiravam: “Esse, sim, vai chegar longe.”

O outro parecia deslocado: corpo frágil, passos trôpegos, respiração curta antes mesmo da largada. Poucos acreditavam que ele suportaria a primeira volta.

A corrida começou. O forte disparou como uma flecha, o fraco tropeçou já nos primeiros metros. Riram dele, mas ele se levantou, limpou os joelhos e continuou. O forte abria distância, quase desaparecendo no horizonte; o fraco vinha atrás, aos pedaços, caindo de novo, levantando outra vez.

O tempo foi passando. O forte, acostumado a vitórias fáceis, começou a se cansar. Olhou para trás, não viu ameaça, e pensou: “Já fiz o suficiente. Ninguém me alcança.” Então, parou. Achou que podia descansar, que não valia a pena gastar tanta energia. Ali mesmo saiu da pista, convencido de que sua superioridade era garantia de vitória.

Enquanto isso, o fraco continuava. Cada queda era uma dor, mas também uma lição. Cada passo dado, ainda que lento, era um ato de fé. Suas forças eram limitadas, sua velocidade não impressionava ninguém, mas havia nele uma convicção: “Só existe linha de chegada para quem não para de correr.”

E foi assim que, no fim da estrada, quando todos já tinham desistido de esperar algo dele, lá estava a linha de chegada surgindo diante de seus olhos cansados. Ele cruzou, não porque fosse o mais veloz, nem o mais talentoso, mas porque não desistiu.

A vida cristã se parece muito com essa corrida. Não são os dons, a inteligência ou a força que nos levam até o fim, mas a perseverança. Quantos começam bem, impressionam a todos, mas param pelo caminho! E quantos, que parecem frágeis e limitados, seguem adiante com passos firmados na graça de Deus, levantando-se a cada tropeço, e acabam por ver o prêmio preparado para os que perseveram até o fim.

Por isso, não pare de correr. Mesmo que suas pernas tremam, mesmo que o cansaço tente vencer você, mesmo que as quedas sejam frequentes. Levante-se. Continue. Porque a linha de chegada não aparece para quem desiste, mas para aqueles que seguem, com fé, até o último passo, para aqueles que não param de correr.

Pense nisso!

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quinta-feira, 18 de setembro de 2025

A Fé do João e do José

 A FÉ DO JOÃO E DO JOSÉ

Prezados amigos,

Hoje vou lhes contar a história da fé de dois irmãos: o João e o José.

É uma história fictícia, mas ao mesmo tempo um retrato do que se vê por aí nos arraiais cristãos.

João e José, já disse, eram irmãos – duas vezes irmãos: de sangue e de fé.

Ambos conheceram o Senhor cedo e, à sua maneira, aprenderam a segui-Lo.

Mas o caminho que escolheram trilhar era um pouco diferente.

João era do tipo que não se contentava com pouco.

Precisava de sinais,

Precisava de vozes,

Precisava de manifestações palpáveis.

Onde se dizia que “Deus estava operando de forma extraordinária”, lá estava o João, muitas vezes na primeira fila, com os olhos cheios de expectativa.

Se ouvia falar de uma profecia poderosa, corria atrás.

Se alguém testemunhava de uma cura, buscava experimentar algo parecido.

Sua fé era sincera, mas alimentava-se de experiências sensoriais, como quem depende de um banquete para sobreviver sem nunca aprender a apreciar o pão simples de cada dia.

Já o José, embora também tivesse provado da presença manifesta de Deus, caminhava de forma diferente.

Ele não desprezava os sinais, mas não os transformava em alicerce.

Sua segurança estava firmada em algo que não muda: o caráter de Deus. O caráter de Deus é imutável!

José repetia para si mesmo: “Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre. Se falou, cumprirá; se prometeu, não falhará”.

E assim, sua fé não dependia do que sentia, mas de quem Deus é – Como aquele cântico, que gostamos de cantar dizendo pra Deus: “Minha fé não está firmada naquilo que podes fazer; eu aprendi a Te adorar pelo que és...” e por aí vai. Nem sempre quem canta está dizendo a verdade, mas o cântico é, como se diz: “dos bons”.

Acontece que o tempo passou, e um dia Deus resolveu fazer silêncio. Deus às vezes faz isso. Dizem que as quatro folhas em branco que antigamente se costumava deixar entre o Antigo e o Novo Testamento nas bíblias impressas, representavam os QUATROCENTOS anos que o povo de Deus ficou sem profeta.

QUATROCENTOS! ...

Voltando ao João e o José, como eu estava dizendo, Deus resolveu fazer silêncio.

Não houve mais voz,

Não houve visões,

Não houve milagres visíveis.

Um, dois, três anos…

Silêncio total!

Para João, aquilo foi devastador.

Seu coração, acostumado a viver de sinais, murchou como planta sem água.

Ele começou a se perguntar:

“Será que Deus me abandonou?”

“Será que errei o caminho?”

“Será que tudo aquilo não passou de emoção?”.

A fé de João, antes vibrante, agora quase se apagava.

José, porém, permanecia firme.

Não porque não sentisse falta, mas porque sabia que Deus não muda.

Ele dizia ao irmão: “João, mesmo em silêncio, Ele continua sendo Deus. Nossa fé não está naquilo que vemos ou ouvimos, mas Naquele que é fiel e justo.”

Enquanto João vacilava, José se fortalecia.

E, ironicamente, foi o silêncio que revelou onde cada um tinha realmente fincado suas raízes.

Experiências são bênçãos.

Sinais são provas da graça divina.

Mas quando a fé depende apenas deles, corre o risco de naufragar na primeira calmaria do céu.

O verdadeiro alicerce não está no extraordinário, mas na certeza de que o caráter de Deus não se altera. Ele é fiel quando fala e continua fiel quando se cala.

No fim, João aprendeu com José que buscar experiências não é errado – errado é condicionar a fé a elas. Porque mais cedo ou mais tarde, todos passamos por desertos de silêncio. E só quem aprendeu a confiar no imutável caráter de Deus atravessa esses desertos sem perder o rumo.

Busque o extraordinário! Experiências extraordinárias com Deus! Manifestações extraordinárias de Deus! Acontecimentos extraordinários! Mas não baseie a sua fé nessas experiências, manifestações e acontecimentos. Sua deve estar firmada no caráter imutável de Deus!

Deus seja contigo!  

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segunda-feira, 15 de setembro de 2025

A EXPLOSÃO QUE ASSUSTA MAIS DO QUE A PEDRA

A EXPLOSÃO QUE ASSUSTA MAIS DO QUE A PEDRA 

Na obra de Deus sempre haverá pedras no caminho. Às vezes pequenas, outras grandes, mas todas podem ser removidas com paciência, oração e esforço conjunto. O que nunca pode faltar é a consciência de que a força maior está na união dos braços e na harmonia dos corações.

Entretanto, há quem, ao se deparar com a pedra, ache que o melhor jeito de resolver seja lançar mão de dinamite. Grita, exige, pressiona, coloca todos contra a parede. No momento da explosão, parece que algo realmente foi feito: o barulho é alto, o impacto assusta, a poeira sobe. Mas, quando o pó baixa, percebe-se que a pedra muitas vezes continua firme no lugar. O que mudou, de fato, é que agora os trabalhadores se afastaram, feridos pela violência da explosão.

É triste ver ministérios que poderiam florescer sendo esvaziados não pela dificuldade em si, mas pelo jeito de quem lidera. A língua, afiada em críticas e acusações, fere mais do que constrói. A rigidez, travestida de zelo, acaba por transformar companheiros de obra em servos de um projeto pessoal. A verdade, dita sem amor, torna-se pedra de tropeço em vez de alicerce.

Jesus nunca liderou assim. Ele não gritou com os cansados, não esmagou a cana quebrada, não apagou o pavio que fumegava. Pelo contrário, reuniu, curou, restaurou, chamou para perto. Sua liderança era firme, mas cheia de graça; clara, mas compassiva.

Meu irmão, não esqueça: a obra não é nossa, é do Senhor. O maior inimigo não é a pedra no caminho, mas o coração endurecido que expulsa os trabalhadores que deveriam estar lado a lado. Melhor uma pedra sendo carregada devagar por muitos ombros, do que uma dinamite que faz barulho, assusta, e deixa apenas silêncio e solidão.

Se você lidera alguma coisa, pense nisso. Me expresso a partir de um contexto eclesiástico, mas o princípio pode se aplicar a algumas outras áreas também.

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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Minha Pátria para Cristo

 MINHA PÁTRIA PARA CRISTO

Quando paramos para pensar no Brasil, não podemos deixar de ver dois retratos sobrepostos:

·        De um lado, a alegria do povo, o sorriso fácil, a música que brota em cada esquina, a beleza natural que parece ter sido desenhada pelo próprio Criador.

·        E do outro, um país ferido: violência que assusta, corrupção que corrói, injustiças que machucam e muita “falta de Deus”.

É como se a pátria tivesse dois rostos: um que encanta e outro que entristece.

Diante desse contraste, o coração do cristão não pode ficar indiferente. Surge então um clamor, um forte clamor que ecoa mais forte que hinos patrióticos, mais profundo que discursos políticos: “Minha pátria para Cristo!”.

Não é um grito de fanatismo, mas uma oração de entrega. É o reconhecimento de que nenhuma bandeira, nenhuma ideologia e nenhum líder humano é capaz de sarar as feridas da nação. Só Cristo pode.

Mas esse clamor exige mais do que palavras. Se eu quero minha pátria para Cristo, preciso primeiro entregar minha vida a Cristo. Preciso ser sal que preserva, luz que dissipa as trevas, fermento do bem que transforma a massa.

A pátria para Cristo começa na honestidade no trabalho, no cuidado com a família, no amor ao próximo, no testemunho do evangelho em cada esquina da vida.

O Brasil será para Cristo não apenas quando milhões se converterem, mas quando cada crente decidir viver de tal maneira que Cristo seja visto nele.

É um sonho? Sim. Mas é também uma missão. E toda missão começa com uma decisão simples e profunda: Senhor, começa em mim.

Pr. Walmir

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Servir a Deus por amor, e não apenas por demanda eclesiástica

 

SERVIR A DEUS POR AMOR, E NÃO APENAS POR DEMANDA ECLESIÁSTICA

Uma das maiores tentações no ministério cristão – seja pastoral, diaconal, musical ou em qualquer outra área – é confundir servir devido a demanda eclesiástica com servir por amor a Cristo. A igreja, como organismo vivo, sempre terá necessidades: falta de obreiros em algum setor, urgência em preencher cargos, pressa em organizar ministérios. Entretanto, o serviço ao Senhor não deve nascer primeiramente da necessidade da instituição, mas sim de uma convicção interior gerada pelo Espírito Santo e alimentada pelo amor a Cristo.

Paulo escreve em 1 Coríntios 9.16: “Ai de mim se não anunciar o evangelho!” – aqui está o coração de quem serve por amor. O apóstolo não pregava porque a igreja de Corinto precisava, nem porque alguém o pressionava, mas porque a chama ardia dentro dele. O chamado e o amor de Cristo o constrangiam (2 Co 5.14).

Quando alguém serve apenas para suprir uma demanda eclesiástica, corre-se o risco de:

·        agir sem se preparar espiritualmente,

·        fazer a obra com frieza,

·        alimentar a vaidade,

·        ou até mesmo se frustrar e abandonar o posto diante das dificuldades.

Por outro lado, quem serve por amor:

·        entende que está respondendo ao chamado de Deus, e não apenas a um convite humano,

·        encontra prazer no serviço, mesmo quando ninguém aplaude,

·        mantém fidelidade, porque sabe que seu Senhor é quem recompensa,

·        e faz tudo para a glória de Deus, não para a instituição (Cl 3.23-24).

É claro que a igreja precisa organizar cargos e distribuir tarefas, mas essas demandas nunca devem suplantar a voz de Deus em nosso coração. A verdadeira força do ministério não nasce da necessidade institucional, mas da consagração pessoal e do amor profundo pelo Senhor que nos salvou.

Portanto, cada servo deve se perguntar: “Estou servindo porque amo a Cristo e fui chamado por Ele, ou apenas porque havia uma vaga a ser preenchida?”

Se for apenas por demanda, o peso se tornará insuportável. Mas se for por amor, até as lutas se transformarão em oportunidades de experimentar a graça sustentadora do Senhor. 

Então, sirva... por amor a Cristo!


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terça-feira, 9 de setembro de 2025

Quem é como o Senhor nosso Deus?

 

QUEM É COMO O SENHOR NOSSO DEUS?

Salmo 113

Ø  O Salmo 113, conforme traduzido na versão ARC, abre e fecha com a expressão: “Louvai ao Senhor!” (em hebraico, Hallelujah! – Aleluia! – Já assim traduzido em outras versões, como a ARA).

Ø  Trata-se de um convite ao povo de Deus para reconhecer a majestade, a grandeza e a bondade do Senhor.

Ø  O autor humano do Salmo 113 é desconhecido.

Ø  O Salmo faz parte do chamado “Hallel Egípcio”, nome dado a um conjunto de salmos que vai do Salmo 113 ao Salmo 118. Hallel é uma palavra hebraica que significa louvor. É a mesma raiz de “Aleluia” (louvai ao Senhor). E é chamado “Egípcio” porque esses salmos eram cantados pelos judeus como um louvor comunitário especialmente na festa da Páscoa, quando os judeus recordavam a libertação do Egito.

Ø  Quanto ao autor humano, conforme já disse, o texto não nos informa.

o   O título do salmo não traz o nome de quem o escreveu.

o   A tradição judaica, em alguns casos, atribui o Hallel a Davi, mas não há provas textuais disso.

o   Assim, o mais correto é dizer que o autor é anônimo, embora inspirado por Deus.

Ø  Portanto:

o   O autor divino é o Espírito Santo, que inspirou o salmista.

o   O autor humano é desconhecido — não temos registro específico (diferente de salmos atribuídos a Davi, Asafe, Moisés, etc.).

Ø  Agora observe que o salmista, seja ele quem for, levanta uma pergunta retórica poderosa no verso 5: “Quem é como o Senhor nosso Deus?”

Ø  Essa pergunta não precisa de resposta, pois a resposta é óbvia: ninguém!

o   Por que o Egito não pôde segurar o povo de Deus por mais tempo do que o próprio Deus determinou? É porque ninguém é como o nosso Deus.

o   Por que os leões não estraçalharam o profeta Daniel, como queriam e “trabalharam para” os seus inimigos? É porque Deus era favorável a Daniel e ninguém é como o nosso Deus.

o   Por que Hananias, Misael e Azarias não foram consumidos pelo fogo da fornalha de fogo ardente onde foram lançados? É porque Deus era favorável a eles e ninguém é como o nosso Deus.

o   Por que Pedro, estando tão bem “guardado” na prisão para ser morto em ocasião propícia foi liberto de forma tão “sobrenatural” que nem os guardas e nem ele mesmo a princípio, perceberam? É porque Deus era favorável a Pedro, e tinha planos para ele, e ninguém é como o nosso Deus.

o   Por que você não precisa ter medo de nada se você é servo de Deus? É porque ninguém é como o nosso Deus. Só vai acontecer com você aquilo que Ele permitir. Você sabe por que João foi exilado na ilha de Patmos, onde recebeu a revelação (Apocalipse)? Não está relatado na Bíblia, mas tanto Tertuliano, como Jerônimo, nos dão conta de que os inimigos de João teriam tentado matá-lo lançando-o em um caldeirão de óleo fervente, como uma forma de execução pública. Porém, de maneira milagrosa, João saiu ileso, sem ferimentos. Esse milagre teria demonstrado a proteção divina sobre sua vida. E como não conseguiram matá-lo, João foi então exilado para a ilha de Patmos, onde recebeu as revelações que escreveu no Apocalipse. E depois, com a morte do imperador Domiciano, ele foi liberto, tornou-se pastor e ancião de Éfeso e morreu em boa velhice de causas naturais. Com outros não foi assim, porque o propósito de Deus era outro; mas o propósito de Deus para a vida de João, que incluía ser o portador da “Revelação”, ninguém pôde impedir, nem tentando fritá-lo num caldeirão de óleo fervente.

Ø  Quem é como o nosso Deus? NINGUÉM!

Ø  E aqui no salmo, o salmista expõe quatro aspectos que evidenciam essa singularidade da grandeza e da bondade de Deus. Vamos contemplá-las e, ao final, terminar como o salmista: em louvor.

Ø  Então vamos lá:

 

1)    ELE HABITA NAS ALTURAS (V.4-5)

Ø  É como se o salmista estivesse dizendo, às nações vizinhas e distante, que tinham “deuses”, que o nosso Deus não é um deus local, como os ídolos destas nações; Ele está acima de todos.

Ø  Ele não apenas reina sobre Israel, mas sobre todas as nações.

Ø  Sua glória ultrapassa o mais alto céu.

Ø  Isso mostra que Deus é transcendente: Ele está acima de tudo, é infinito, eterno, incomparável.

Ø  Você crê nisso?

Ø  Então não precisa temer nada, a não ser o próprio Deus. Se o nosso Deus está acima de tudo, então podemos descansar: não há poder humano, político ou espiritual que se compare a Ele.

 

2)    ELE SE CURVA PARA VER O QUE ESTÁ NOS CÉUS E NA TERRA (V.6)

Ø  Aqui está um contraste maravilhoso: o Deus que é infinitamente alto, também é infinitamente atencioso.

o   Ele é tão grande e está tão acima que tem que “se curvar” para olhar. A linguagem é poética, mas nos ajuda a ver quão elevado Ele é em relação à criação.

o   Ele tem tanto interesse em nós, suas pequenas criaturas, que faz isso: se inclina, olha, observa, cuida.

Ø  Não somos insignificantes para Ele. O Deus dos céus inclina-Se para enxergar a nossa vida.

Ø  Talvez você ache que Deus não se importa com sua dor ou necessidade, mas este salmo garante: Ele se inclina para olhar, Ele se importa.

 

3)    ELE DO PÓ LEVANTA O PEQUENO E DO MONTURO ERGUE O NECESSITADO (V.7-8)

Ø  O Senhor não apenas olha de longe, Ele age.

Ø  Ele levanta o pobre do pó – aquele que não tem recursos.

Ø  Ele ergue o necessitado do monturo – o lixo, monte de cinzas, monte de refugo, pilha de estrume, o lugar de rejeição e vergonha.

Ø  E não apenas o tira da miséria, mas o coloca entre príncipes.

Ø  Esse é o coração do nosso Deus: Ele transforma destinos!

o   José foi tirado da prisão para o palácio;

o   Davi foi tirado do campo para o trono;

o   E nós fomos tirados do pecado para a glória em Cristo.

Ø  O evangelho é exatamente isso: Deus nos levantou do monturo do pecado e nos fez assentar com Cristo nas regiões celestiais (Ef 2.6).

 

4)    ELE FAZ COM QUE A MULHER ESTÉRIL HABITE EM FAMÍLIA E SEJA ALEGRE MÃE DE FILHOS (V.9)

Ø  Naquele contexto, a esterilidade era sinônimo de vergonha, dor e exclusão.

Ø  Mas Deus se mostra como Aquele que transforma vergonha em alegria, desespero em esperança.

Ø  Ele cuida até das áreas mais íntimas e dolorosas da vida.

Ø  Sara, Ana, Isabel – todas experimentaram a intervenção do Senhor.

Ø  O nosso Deus é especialista em transformar impossibilidades em testemunhos. Não há área da nossa vida fora do alcance da graça dEle.

 

5)    ENTÃO: LOUVAI AO SENHOR! (V.1-3, 9)

Ø  O salmo começa e termina com louvor: “Louvai ao Senhor!”

Ø  Quando contemplamos quem Ele é e o que Ele faz, a única resposta possível é adoração.

Ø  Louvemos a Ele pelo que é em Si mesmo (grande, elevado, transcendente).

Ø  Louvemos a Ele pelo que faz por nós (se inclina, levanta, transforma, dá alegria).

Ø  O texto nos leva a sair daqui com os lábios cheios de gratidão e com a vida marcada por louvor.

Ø  Que em nossa rotina, em nossos lares, em nossa igreja, possamos ecoar a pergunta do salmista: Quem é como o Senhor nosso Deus? – e responder com nossa adoração: Ninguém! Ele é único, exaltado, e digno de todo louvor.

 

CONCLUSÃO

Ø  O Salmo 113 nos apresenta o Deus exaltado e ao mesmo tempo próximo. Ele é grande demais para ser comparado, mas amoroso o suficiente para se importar com os pequenos. Ele se inclina, levanta, transforma, e enche de alegria.

Ø  Diante disso, só nos resta dizer: Louvado seja o nome do Senhor, desde agora e para sempre!

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

PIB Muqui, quarta-feira, 10 de setembro de 2025

 

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Você tem tempo para Cristo?

  VOCÊ TEM TEMPO PARA CRISTO? Outro dia, sentado em uma praça, observei um homem correndo apressado. Na mão esquerda, um celular; na direit...